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A Indústrias Nucleares do Brasil – INB iniciou, no dia 10 de janeiro, a atividade de remediação de cerca de 1.500 embalados contendo Torta II na Unidade em Descomissionamento de Caldas – UDC. A operação foi aprovada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e está sendo fiscalizada pelo órgão.

A remediação consiste na sobreembalagem com tambores novos e/ou substituição de paletes que sustentam o material, conforme o caso. “A previsão é realizar a remediação em 3 meses. Mas, como existe incertezas na estimativa desse prazo, por precaução, as providências foram tomadas para garantir os recursos necessários à operação por quatro meses. Remanescendo tempo, vamos avançar com a operação e sobreembalar mais tambores do que inicialmente planejado”, explica João Viçozo da Silva Junior, gerente de Descomissionamento de Caldas.

A INB está realizando a atividade com materiais, equipamentos e profissionais próprios, engajados na missão. As complementações foram as contratações externas de uma empilhadeira e de um leito de hospital em Poços de Caldas, destinado à descontaminação de vítima de eventual acidente durante o trabalho.

Treinamento – Os profissionais envolvidos na operação passaram por diversos treinamentos antes do início da atividade. Para os funcionários do hospital contratado, foram ministrados treinamentos de proteção radiológica e de atendimento à emergência radiológica.

Sobre os resíduos – O material denominado de Torta II é um resíduo radioativo, proveniente do tratamento químico da monazita. É considerado um material de baixa radioatividade e precisa ser estocado seguindo normas de segurança.

A monazita era processada para produzir compostos de terras raras, utilizadas em cerâmicas, composição de materiais eletrônicos, supercondutores, imãs permanentes e ligas metálicas especiais.