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Em conversa com este jornalista, o Dr. Assad Aun Netto, diretor do Hospital Santa Lúcia, o Hospítal do Coração, disse que recebeu das autoridades de saúde do Estado a garantia de que o hospital permanece integrado a rede estadual de saúde para atendimento pelo SUS, em casos de urgência e emergência de infarto agudo e Acidente Vascular Cerebral (AVC) até que seja encontrada uma solução definitiva para o problema originado no programa “Valoriza Minas” onde este tipo de serviço está limitado apenas a hospitais públicos e filantrópicos.

Aun informou que embora o programa criado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde, venha sendo desenhado há alguns meses, ele só informado sobre a questão que envolve o seu hospital apenas vinte dias atrás, quando foi convidado pelo secretário de saúde, Carlos Mosconi, juntamente com o diretor da Santa Casa, para uma videoconferência com o núcleo responsável pelo novo programa de saúde criado pelo Estado e que ainda não foi implantado.

Segundo Aun, ele foi colhido de surpresa ao ser informado que o seu hospital, por ser privado, ficaria fora do programa e com isso deixaria de ser um dos hospitais credenciado e pago pelo SUS, para atendimento de urgência em casos de urgência cardiovascular. “No dia seguinte procurei me informar a respeito com autoridades de saúde do Estado e cheguei até o Advogado Geral do Governo, Sérgio Pessoa, por meio do deputado Antonio Carlos Arantes. Ele confirmou a exigência do núcleo responsável pelo programa “Valora Minas” em credenciar apenas hospitais públicos e filantrópicos para este tipo de serviço”, disse o diretor do Santa Lúcia.

“Assim que prefeitos, vereadores das cidades atendidas pelo hospital, mais alguns deputados que conhecem o serviço prestado pelo Santa Lúcia, tomaram conhecimento de que o serviço de atendimento de urgência poderia ser interrompido, teve início uma forte reação. “Eu até gravei um vídeo informando sobre esse risco, alertandoos moradores das dezenas de cidades que atendemos estavam correndo caso o atendimento seja interrompido para os casos de urgência destinados a pacientes do Sistema Único de Saúde. A reação até surpreendeu”, disse Aun.

Foram centenas de manifestações de solidariedade uma vez que o hospital atua em mais de 70 cidades da região há mais de onze anos, disse o médico, ressaltando o fato de que o Hospital Santa Lúcia figura na lista dos principais e melhores do Estad. Informou ainda que disse mantém contato permanente e linha direta com profissionais do Albert Einstein e Sírio Libanês, em São Paulo, para manter no Santa Lúcia o mesmo padrão desses dois hospitais que são referência no atendimento a doenças cardiovascuilares.“O mesmo tratamento que é oferecido a pacientes particulares ou que possuem plano de saúde, é dispensado aos pacientes do SUS”, afirmou Aun.

O médico garantiu que já tem a garantia do Secretário de Saúde do Estado, Fábio Baccheretti de que o Santa Lúcia continuará atendendo normalmente seus pacientes, inclusive no setor de urgência, a porta de entrada para vítimas de infarto e AVc, assim como para tratamento de pacientes com problemas cardiológicos e também realizando as cirurgias necessárias.

Nos próximos dias, o secretário Baccheretti deve se manifestar oficialmente a respeito do assunto, assim como o núcleo responsável pela implantação do programa de saúde estadual “Valora Minas”. Até lá, tudo continua como está e o médico confia numa solução onde o hospital possa continuar prestando o mesmo tipo de serviço.