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* O vereador Diney Lennon, do Partido dos Trabalhadores, que teve um comportamento equilibrado nos três primeiros meses desta legislatura, parece que aos poucos vai incorporando novamente o seu lado de militante petista, querendo que todas as suas propostas apresentadas no legislativo sejam aprovadas pelos demais vereadores e querendo impor sua vontade na base do grito.

* Com essa postura, o vereador não colabora em nada para a recuperação do Poder Legislativo, tão desmoralizado nas legislaturas anteriores. Além de tudo falta com o respeito aos colegas numa postura que precisa ser repensada se é que o representante do PT deseja manter unido o grupo de oposição que até aqui vem direcionando o trabalho para uma oposição respeitosa e construtiva.

* Na reunião ordinária de ontem, Diney perdeu o controle, ofendeu seus colegas e quis impor a aprovação de uma moção de sua autoria na base do grito, provocando forte reação do seu colega Silvio de Assis, do MDB que se viu obrigado a responder na mesma altura, colocando o petista em situação de constrangimento quando lembrou que ele já trocou o número de seu telefone várias vezes para deixar de atender reivindicações dos eleitores.

* Como parlamentar, ocupando cargo público eletivo pela primeira vez, o professor Diney Lennon precisa se acostumar com o jogo democrático onde cada um vota de acordo com seu pensamento e na maioria das vezes, justificam seus votos como sendo resultado de uma posição política. Melhor seria baixar um pouco a bola, vereador.

* Virou moda entre os vereadores a apresentação de moções de aplaudo ou repúdio nas sessões ordinárias. Ontem, nada menos do que 12 moções estavam na pauta do dia para discussão em plenário, tomando com isso boa parte da sessão, em prejuízo da discussão e votação de requerimentos, alguns mais importantes do que as moções que na maioria das vezes não surtem nenhum efeito.

* Mais uma vez, usando da sua experiência de vereadora no segundo mandato e de já ter presidido a Casa, Regina Cioffi, pediu a palavra para colocar panos quentes na discussão provocada pelo vereador Diney e alertou o presidente Marcelo Heitor para a responsabilidade que é sentar na cadeira que preside as sessões legislativas. Marcelo encerrou a discussão e pediu para o secretário continuar a leitura do expediente.

* Antes que a situação descambe de vez e o Poder Legislativo seja desmoralizado e o plenário da Câmara volte a se transformar numa espécie de circo, como já aconteceu em legislaturas passadas, o presidente da Casa, Marcelo Heitor, junto com o corregedor Silvio de Assis e os integrantes da mesa diretora precisam tomar novamente o comando dos trabalhos e colocar ordem no plenário. Se isso não for feito, o prejuízo será do Poder Legislativo e de todos os vereadores. É preciso juízo, antes de tudo, senhores e senhoras que se intitulam representantes do povo.

* Aconteceu o que era previsto. A morosidade (ou incompetência?), com que a administração municipal vem tratando a concorrência pública para a concessão de um novo contrato do transporte coletivo, uma novela que já dura desde o segundo ano da gestão anterior do mesmo prefeito, levou a direção da empresa e emitir comunicado informando que no dia 21 de maio, portanto daqui há um mês, quando se encerra o contrato emergencial, estará encerrando suas atividades, paralisando o serviço. A nova concessionária, Floramar, segundo cláusula no edital de licitação, terá um prazo de 120 dias, após assinado o contrato para assumir o serviço. Maia um enorme abacaxi para o prefeito descascar.