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Na última semana, a Câmara realizou uma audiência pública para discutir o tema “Estacionamento Rotativo no Município de Poços de Caldas”. O debate, que foi proposto pela vereadora Regina Cioffi (PP), através de Requerimento aprovado em Plenário, reuniu autoridades, representantes da empresa prestadora do serviço e população em geral.

Participaram do encontro o secretário municipal de Defesa Social Rafael Tadeu Conde Maria, o diretor do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran) Bruno Magalhães Rangel Moraes, o gerente de operações da empresa EXP Parking Hélio Vieira Júnior, o secretário municipal de Planejamento Antônio Carlos Alvisi, o presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária (ACIA) Giovani Granato, o presidente da Comissão de Direito do Trânsito da 25ª subseção da OAB/MG Dr. Eduardo Perlatto de Barros, o presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (CONPEDE) André Luiz Marinho de Lúcia, e o assessor jurídico da empresa EXP Parking Júlio César Gomes.

Regina Cioffi iniciou as discussões desejando a solução cordial de problemas. “Este é um ambiente favorável para discussão, onde a população tem a condição de participar e colocar suas demandas, bem como aqueles que estão aqui têm a condição de responder a todos esses questionamentos. Solicitamos a audiência, com a aprovação de todos os colegas, para que, de forma transparente, equilibrada e respeitosa, possamos melhorar o que hoje temos em relação ao estacionamento rotativo, de acordo com as várias demandas que a população vem apresentando nos últimos tempos. Que possamos sair daqui com soluções para que a nossa população se sinta, cada vez mais, contemplada em relação ao seu direito de ir e vir, e, principalmente, ao seu direito de permanecer”.

Depois da fala inicial, foi a vez dos inscritos na Tribuna explanarem sobre o tema. Várias sugestões foram feitas, entre elas a liberação da cobrança aos sábados, o fim do vínculo da placa com a numeração da vaga, a revisão da área de abrangência da zona azul e a ampliação dos estacionamentos de motos.

Segundo a vereadora Regina, a questão da regularização do aviso de advertência colocado no veículo foi um dos assuntos mais comentados. “Um dos pontos que gerou mais polêmica foi em relação à regularização do aviso que é colocado no carro, ocasião em que a pessoa precisa pagar cinco vezes mais o valor da vaga, em torno de R$ 11. Muitas vezes, você chega no local e não consegue achar nenhum monitor, muitas vezes os equipamentos não funcionam devido à Internet, o aplicativo também não, as pessoas acabam levando multa por falta de uma estrutura melhor”, comentou.

Sobre essa situação, o secretário de Defesa Social pontuou que a advertência é uma oportunidade da pessoa regularizar a situação do veículo. Ele afirmou que tudo o que o município fiscaliza está na legislação e que a advertência pode ser sim retirada, se a lei for alterada. No entanto, quando se retira o aviso de irregularidade, acontece a autuação direto.

Regina citou outras demandas apresentadas como, por exemplo, o fato dos parquímetros aceitarem somente moedas. “Somente alguns que recebem por cartão. Isso é um absurdo e muito ruim para os turistas também, que não têm o aplicativo. Além disso, os equipamentos não são fáceis de usar. O que sugerimos na audiência é que essa questão seja revista, além de outras reivindicações, como a falta de monitores, é preciso aumentar o número para dar assistência. Alguns deles são agressivos, falta um trato no relacionamento com a população, então sugerimos a intensificação de um treinamento. Falamos, também, sobre as vagas para deficientes e idosos, elas precisam ser mais adequadas, falamos sobre as marcações que estão apagadas, dificultando para o cidadão”, disse.