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Alguns analistas de economia têm demonstrado preocupação, basicamente, com dois fundamentos macroeconômicos negativos: a persistência dos déficits primários e o não funcionamento das metas fiscais, o chamado “arcabouço fiscal”.

Trocando em miúdos: o governo federal vem gastando mais do que arrecada, vai continuar em déficit, e não tem um plano adequado para equilibrar sua gastança.

Aos analistas nacionais, no mesmo sentido, juntam-se as projeções do FMI e o relatório do Banco Mundial.

E ainda: cálculos, do próprio governo, indicam um “apagão orçamentário”, a partir de 2028, apenas com o crescimento dos compromissos orçamentários obrigatórios.

Pior: os gastos têm sido feitos com custeio – e não em investimentos. Não haveria um único programa estrutural, digno de nota, desenvolvido pelo governo federal (curiosamente, essa seria, exatamente, a situação fiscal de Minas Gerais). Logo, esses gastos de custeio não promovem o desenvolvimento econômico, apenas mais dívidas (novamente, a ideia vale para o Estado de Minas).

Esses dois fundamentos negativos levam a três outros problemas: aumento da inflação, da dívida interna e dos juros. E o pior: crescimento econômico insignificante ou nenhum crescimento real (sem mencionar as hipóteses, catastróficas, de recessão ou estagflação).

Há pouco tempo, este colunista publicou um artigo, “A desgraça mora ao lado”, lembrando que a persistência desse conjunto de problemas macroeconômicos levou a Argentina onde está. De sexta economia do planeta, e maior renda “per capita” do mundo, à condição de maior caso de decadência econômica, da história do capitalismo.

Fenômeno semelhante, verificado no des-governo Dilma, levou o Brasil à maior recessão de sua história.

Albert Fishlow, conhecido economista, atribui essa situação desastrosa à maior influência de Lula na economia. Ele só pensa em gastar.

Depois de promover seguidas lambanças internacionais, volta-se para azarar a economia do Brasil, com sua proverbial ignorância e irresponsabilidade. Somente em fevereiro, o déficit federal teria sido de 54 bilhões de reais, segundo dados oficiais.

Lula se parece com aquele menino “do dedo podre”: estraga tudo em que põe a mão. Agora, dedica-se a comprometer o nosso futuro, assim como fez Dilma, com esse “negacionismo econômico”.

Bolsonaro seria o golpista contra a democracia. Lula, o golpista na economia. Seguimos apanhando.

(Marco A. Adere Teixeira – historiador, Advogado e Cientista Político)