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“Pirraça, vingança e rancor”. Segundo o articulista Ricardo Corrêa, esses seriam os sentimentos que “governam” o Brasil.

Mais precisamente, tais patologias emocionais dominariam  nossos representantes, nos três poderes, que, ao fim e ao cabo, representam apenas a si mesmos e o próprio mau humor. Com uma evidente desfuncionalidade.

Seriam uma espécie de “birrentos”. Ou, conforme dizem os franceses, seriam um tipo de “enfant gâté”: criança, ou pessoa, mimada, caprichosa, de humor instável. “Mala”, no popular.

O articulista diz que Lula odeia Moro. Lira odeia Lula. Pacheco odeia o fato de não ser indicado para o STF. O STF odeia a Lava Jato. E todos se odeiam.

Parece um princípio infernal: “odiai-vos uns aos outros”. “Odiai, para serem odiados”.

Qual seria o resultado desse tipo de síndrome? O esquecimento e a incompreensão da realidade, com o consequente agravamento, nos problemas que afligem os brasileiros. Os quais deveriam ser combatidos por esse pessoal aí. “Mas, que nada…”, diria o cancioneiro popular. Eles querem é que “tudo mais vá pro inferno”, “mora?”.

Nesse meio tempo, birutas ululantes, adeptos e protagonistas da polarização, tomam cloroquina, invadem terras produtivas e se preocupam em tirar fotos com vestes religiosas, para fazer carteira de identidade. O STF disse que pode. À unanimidade.

A tudo isso, o PCC, o Comando Vermelho, as milícias e o crime organizado, em geral, agradecem, penhoradamente.

Poisé.

O Brasil quer ser como os EUA, admira a Europa, se parece com a África e caminha em direção à Colômbia. O Pablo Escobar brasileiro aguarda sua vez. Talvez já tenha nascido e esteja crescidinho. Não adianta chamar o Herodes, já que estamos mais para Pôncio Pilatos.

Detalhe: esse filme é conhecido. No final do terceiro dia, não tem Páscoa para ninguém.

(Marco A. Adere Teixeira – historiador, Advogado e Cientista Político)