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* Com a repercussão da fala infeliz do vereador Claudiney Marques (PSDB) que na defesa do seu voto a favor de uma moção para manutenção do veto a um projeto de lei sobre ideologia de gênero ele acabou perdendo a linha, tropeçando no raciocínio e agora terá que responder pela grave acusação por ter feito apologia ao nazismo e fascismo, a política local esquentou.

* Esta não foi a primeira vez que o vereador, filiado ao PSDB, criou polêmica com suas falas desconexas, assim como comportamento bizarro, como no dia em que, em plenário, ao usar da palavra, despejou sobre a própria cabeça um copo com água gelada.

* Comportamento polêmico com falas equivocadas em defesa do voto em plenário, acabam prejudicando a imagem do legislativo como um todo. Justamente nesta legislatura, quando boa parte dos novos vereadores (apenas quatro foram reeleitos) está empenhada no resgate da imagem do poder legislativo, tão desgastada nas últimas legislaturas exatamente por culpa dos próprios vereadores.

* A denúncia contra o vereador Claudiney, encaminhada ao corregedor do legislativo, ao Ministério Público e até para a Polícia Federal, além de render dor de cabeça e desgaste para o vereador ainda pode provocar a perda do mandato. Se bem que o atual corregedor da Câmara é o pastor Roberto Santos, do Republicanos, autor da moção, e que na mesma sessão, embora sem as acusações graves, também defendeu voto favorável a moção, que acabou aprovada por 8 votos contra 5.

* Posição mais inteligente na discussão sobre a moção ao veto no projeto sobre ideologia de gênero, foi adotada pela experiente vereadora Regina Cioffi. Como se tratava de um assunto polêmico e que nem deveria estar sendo tratado na pauta do legislativo local, a vereadora simplesmente deixou o plenário, não participando do debate e tampouco da votação. Fez bem.

*Do vereador Diney Lennon (PT), sobre o projeto de lei aprovado na Assembleia e vetado pelo governador: “Este projeto é para punir quem discrimina. Não é para punir religioso. Se o religioso quer acreditar que Deus fez o homem e a mulher e isso para ele é uma verdade absoluta, ele tem que ser respeitado por isso, mas nenhum empresário pode negar um atendimento em seu comércio para uma pessoa que é transgênero. E a lei fala disso. Eu vejo muito preconceito nas discussões, desinformação, uso de conceitos errados, que demonstram que antes de se aprofundar no assunto, já se tem uma opinião”, lamentou o vereador.

* Ao justificar seu voto contrário a moção, o vereador Lucas Arruda (Rede), declarou que foi muito triste, porque a Câmara estava discutindo uma inverdade. “Não é o que está escrito na lei. A lei não fala em nenhum momento de ideologia. Então é uma fakenews e isso sendo tratado dentro de uma instituição de leis, é muito ruim, enquanto podíamos estar tratando de temas reais, de desemprego, pandemia, lixo nuclear, estamos tratando de uma inverdade”, lamentou.