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* Apresentar projeto de lei copiado de vereadores de outras cidades, como fez o representante do partido Novo, Kleber Silva, não chega a ser uma novidade. Numa simples busca na internet é possível visualizar inúmeras ofertas de projetos e indicações colocados à disposição de vereadores e prefeitos, alguns à venda até por menos de 100 reais.A comercialização de projetos de lei por atacado está multiplicando proposições com mesmo conteúdo e texto por câmaras municipais de todo o país. Em reportagem recente, o jornal Estado de Minas encontrou nos Legislativos de várias cidades e regiões do Brasil projetos de lei idênticos aos vendidos no site www.projetosdelei.com.br.

* Muitos projetos em tramitação nos legislativos municipais, ou mesmo já em execução pelas prefeituras, podem até servir de inspiração para a atuação de um vereador, mas para que não cause constrangimento ao autor da proposta, o vereador ao apresentar o anteprojeto, deve citar a fonte na qual se inspirou e até mesmo alguma cidade onde lei semelhante esteja em vigor.

* Com todo respeito, mas não dá deixar passar em branco um projeto tão mirabolante e totalmente inviável, como o apresentado pela tal empresa alemã que se interessou em explorar o monotrilho em nossa cidade. É isso o que se deduz após uma ligeira análise dos estudos de viabilidade do monotrilho, ou melhor, do metrô de superfície, apresentado pela empresa interessada em assumir o empreendimento que agora é propriedade do município.

* Senão vejamos: investimento de u, bilhão e meio de reais na construção de um monotrilho com 23 km de extensão (20,8 km de viasimples, 2,4 km de viadupla), com 27 estações. O custo de construção por km nos trechosde via simples será de R$47,7 milhões (total R$995,3 milhões). O custode construção por kmnos trechos de via duplaserá de R$ 62,4 milhões(total R$ 152,7 milhões).

* A empresa aindaacrescenta outras despesas no valor de R$424 milhões referente a custosoperacionais, que acrescidas ao investimento de R$ 1,5 bilhão, que dariaum valor de quase R$ 2bilhões. No custo está inserido a demolição do trecho atual ao custo de R$ 2 milhões.A previsão é transportar um milhão de passageiros/mês, ao custo de R$ 5,92 a passagem com subsídio por parte do município representado por isenção nos pagamentos de ISSQN e energia elétrica.

* O projeto contempla três linhas, a partir do centro, onde já existe o terminal de ônibus: setor oeste, basicamente o mesmo trajeto já existente, leste, até o Sest-Senat, sul, que vai cortar o centro da cidade, seguindo pela rua Rio Grande do Sul até a praça Dom Pedro II, alcançando a avenida Santo Antônio e Edmundo Cardillo. Depois, acompanhando a avenida Alcoa, termina no bairro São Sebastião.

* E o que é pior, tem gente que acredita na viabilidade de um projeto estapafúrdio deste tipo, para uma cidade de 180 mil habitantes, onde a concessionária do transporte coletivo, feito por ônibus, transporta pouco mais de 1 milhão de passageiros/mês. Assim como estão projetando que o retorno do trenzinho turístico ligando Poços de Caldas a Águas da Prata irá faturar algo em torno de R$ 1,5 milhão por mês. Está na hora de colocarmos em prática um outro projeto denominado “Acorda Poços”.

* Só para lembrar, o monotrilho que aí está foi construído pelos irmãos Juracy e Joel Junqueira, era Juracy pensando o projeto e seu irmão Joel guiando o guindaste e orientando dois ou três funcionários que executavam a obra. A dupla de irmãos, com a mesma equipe, ainda administrava e mantinha o teleférico em funcionamento.